quarta-feira, 17 de maio de 2006

Discriminada

A minha popularidade entre amigos e conhecidos tem decaído consideravelmente. Já não me bastava ser uma pessoa que não usa relógio (e talvez por isso eu seja adiantada em vez de atrasada) como ainda por riba não tenho telemóvel. Livrei-me dele há já algum tempo porque não sentia realmente necessidade dele. Quando sentir, compro um cartão novo, e talvez aí já não seja dos da CV Telecom.
Mas parece que vou esperar sentada pois, ao contrário do que muitos de nós pensávamos, a Telecom, com certos jogos de cintura, vai conseguindo manter-se como senhora e dona do pedaço. A páginas tantas, vamos mesmo ter que aguentar com os seus preços "salgados" até 2021.Putz!
Voltando á questão da popularidade/telemóvel (que, claro, estou a exagerar um pouco), lembrei-me agora de um episódio engraçado, de quando estive na ilha do Fogo. A filha da amiga em cuja casa eu estava hospedada, estava a brincar com o telemóvel da mãe e outro de uma outra amiga minha. De repente, aproxima-se e pede-me o meu telemóvel. Quando eu lhe disse que não tinha um ficou um instante, parada, a olhar para mim com uma expressão de confusão.
Pareceu-me que, na sua cabecinha de 3 aninhos um adulto vem sempre acompanhado de um telemóvel. E o facto de eu não ter um tornava-me uma...aberração? :)

4 comentários:

Anónimo disse...

Bom dia Kamia!
...olha, e como eu. Nao tenho relogio, nunca tive exceptuando uns breves meses quando tinha por volta de 15 anos. Detestei a experiencia. TM tenho mas mais por insistencia da minha familia para estar contactavel, uma vez que vivo no estrangeiro. Mas anda morto durante largos periodos de tempo... esqueco-me dele e a bateria fina-se frequentemente. So quando o Big me faz verificar se esta carregado é que o faco...
Bjico!

Kamia disse...

Boa tarde, Rosário.
O meu problema com os relógios não é bem por detestá-los. É falta de hábito mesmo.
Engraçado isso que contas do teu telemóvel. Ainda bem que não é um desses bichos de estimação eletrocnicos que os japoneses inventam, se não já estava morto.
Eu tenho telefone em casa, no trabalho e e-mails.Penso que estou contactável o suficiente.Mas eu não tenho nada contra o uso de telemóveis. Excepto em cerimónias públicas tipo concertos de musica, teatro, missas, enterros e coisas assim.

Bjicos**

Anónimo disse...

Acabo de tomar conhecimento deste blog. Reconheço a minha falta de sorte. Eu que ando sempre a navegar na internet, não ter tido o prazer de conhcer este espço há mais tempo. Quero sinceramente agradecer pelo conteudo singular deste espaço e pelos artigos que tem apresentado.
Já aghora, talvez vos interesse conhecer o que se passa por outras bandas. Vejam o blog www.caboverde.blog.com que descobri. Tem poucos artigos mas muito interessantes.

Anónimo disse...

Existe tantas coisa no mundo que eu não necessito, disse o Filósofo Benedito Spinoza ao olhar para artigos de luxo expostos em uma loja. Eu pessoalmente tenho telemóvel por que gosto e necessito, já não faria a mínima questão de ter um televisão na minha casa. De modo que o ter algum objeto, será sempre relativo a necessidade que esse objeto tem para nós. Quando o Papa João Paulo II mudou-se da Polônia para Roma, levou 1 mala contendo roupas e dezenas contendo livros, já o filosófo Jaspers, quando estava velho só manteve em sua bibioteca cerca de oitenta livros, o que concluo é que o ter será sempre uma função do nosso caráter...