terça-feira, 24 de outubro de 2006

Cinemania



8 femmes (Oito Mulheres). França De: François Ozon, 2002/Com: Isabelle Huppert, Catherine Deneuve, Fanny Ardant, etc.***
Oito actrizes revezam-se num cenário quase teatral para desvendar um "agathachristiesco" crime. Os números musicais são delicosos, alguns dos diálogos frenéticos e viciantes e o desempenho do elenco é um tanto desequilibrado, pois enquanto sobra talento a algumas das actrizes, falta a outras (La Deneuve, a meu ver, estava desinspirada. Isabelle Huppert é A Actriz, tenho dito).
Fragiles (Frágil).EspanhaDe: Jaume Balagueró, 2005/Com: Calista Flockhart, Richard Roxburgh, Elena Anaya, etc.*
Terror xoxo, outra vez com criancinhas a ver mortos. Ainda por cima a única das crianças que tinha algum talento foi despachada a um terço do filme e como protagonista ficou outra sem carisma. Nota positiva para os cenários interiores e a caracterização da fantasma malvadona. O resto é descartável.
Gilr With Pearl Earing (Rapariga com Brinco de Pérola).EUA De: Peter Webber, 2003/Com: Scarlett Johansson, Colin Firth, Tom Wilkinson, etc.***
Como Veermer pintou Gilr With Pearl Earing é o mote para um filme arty, cujo maior defeito é exactamente esforçar-se por mostrar que é arty. Não precisava. Fotografia irrepreensível (se não me engano é do português Eduardo Serra), fazendo cada fotograma parecer uma pintura. Colin Firth contem-se muito para não fazer sombra a Scarlett Joahnson, mas os dois estão excelentes em interpretações pouco "verbais".
Find me Guilty (Mafioso Quanto Baste).EUA De: Sidney Lumet, 2006/Com: Vin Diesel, Peter Dinklage, Ron Silver, etc.**
Vin Diesel no papel da sua vida. Parece-me que ouvi falar em nomeação para Óscar. Não é caso para tanto. A interpretação está sobrevalorizada porque Vin Diesel está num registo muito diferente do que já nos habituou (trogloditas vingativos, pouco falantes...enfim). Não quer dizer que ele não vai bem. Vai bem (a forma como o seu Dinorscio oscila entre uma extrema segurança e uma fragilidade e carencia desarmantes é digna de nota) mas não extremamente bem. Peter Dinklage, o anão, rouba a cena em todos os filmes que aparece. Só os bons o conseguem.
The Magnificent Seven (Os Sete Magnificos).EUADe: John Sturges, 1960/Com: Yul Breyner, Steve McQueen, Horst Buchholz, etc.***
A versão americana de Os Sete Samurais, do mestre Kurosawa, não destrona o original mas é uma deliciosa hora e tal diálogos marcantes, tiroteios emocionantes e o carisma de interpretes lendários como Yul Breyner (fiquei tão cativada pelo charme do careca que ando á procura de outros filmes dele - 10 Mandamentos não, obrigada) e Steve McQueen.
Caro Diario (Querido Diário).ItáliaDe: Nanni Moretti, 1994/Com: Nanni Moretti, Giulio Base, Jennifer Beals, etc.***
Este é daqueles filmes que pede segundo visionamento. Nanni Moretti é Nanni Moretti e o filme é do género falso documentário. Há, quanto a mim alguns desiquilibrios entre os três episódios em que está dividida a obra, mas o conjunto é um trabalho de realização meticuloso e muito pessoal.

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