quinta-feira, 2 de novembro de 2006

"Housisms"

Já estou quase no fim da segunda série de House. Como é habitual acontecer nas séries (a não ser que os argumentistas sejam extremamente criativos), a série entrou naquele ponto em que os episódios começam a tonar-se um tanto quanto maçadores, repetitivos até. No caso de House, as doenças e os sintomas já nos parecem quase todos os mesmos, já não temos paciência para os quase sempre previsiveis espasmos, paragens cardiacas, dificuldade em respirar e o consequente apitar e guinchar da maquinaria. Alguns dos casos que chegam ao hospital têm mesmo contornos e desfechos algo novelescos.
Mas há ainda pelo menos três razões para se continuar a acompanhar e a apreciar House:
1. A música. Cada novo episódio de House trás um punhado de boas músicas. Percebe-se que os temas não estão lá para encher os tempos mortos, isto é, o seu conteúdo encaixa harmoniosamente com o tom de cada episódio e são temas de qualidade. Elvis Costello, Bird York, Damien Rice, Korn, Amos Lee, Ryan Adams e Diana Krall são alguns dos nomes cujas músicas acompanham os episódios de House, bem como alguns clássicos como Bach e Puccini.
2. A realização. É mesmo muito boa. Cada episódio está melhor filmado que o anterior. O realizador deve ter andado a ver os filmes de David Fincher (especialemnte Fight Club). Aqueles geniais movimentos de câmara, meu deus, aqueles planos...só visto mesmo, não dá para explicar. E a montagem também está muito bem conseguida.
3. Gregory House. Sim, House continua a ser o melhor que a série que leva o seu nome tem. Que personagem! Quando se pensa que já não se pode ficar surpreendido com as suas tiradas e os traços da sua personalidade, heis que ele sai-se com algo que nos deixa de queixo caído e a rir até às lágrimas. House é irónico, cinico, megalómano, misantropo, rude, indiscreto, manipulador, enfim... um verdadeiro filho da mãe de quem não se consegue deixar de gostar. Isso mesmo, dificelmente consegue-se detestar o Dr. House. Como é possivel? Vejam a série.
Citação: Adoro o cheiro de pus pela manhã. Cheira a vitória! - Dr. House (quem mais?) -

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