quinta-feira, 6 de dezembro de 2007

Soltas


* Relembrando os Mestres. O cd de Bau e Voginha já foi lançado na Praia e já toca lá em casa. Muito bom. Sublime a limpidez do som dos violões e a harmonia que se pressente entre os dois músicos.

É assim que se prova ter talento. Bau e Voginha não tiveram que fazer barulho e resmungar por aí. Tocaram, o seu talento foi reconhecido e premiado. Não, na verdade nós é que somos premiados com o talento dos dois ao alcance dos nossos ouvidos.



Legendas. O Abrãao convida o pessoal a ir ver o Bento Oliveira (convite que eu recomendo toda gente a aceitar) e dá uma alfinetada bem-humarada a apropósito da história de se entender ou não o crioulo de todas as ilhas.

Fico verdadeiramente contente com todos aqueles que entendem tudo tudinho do que se diz no crioulo de todas as ilhas. Pela minha parte repito, sem nenhum orgulho mas também sem vergonha, que não entendo todas as palavras do crioulo (seja de que ilha for). Ainda no outro dia o César teve que me explicar o que é bianda que, pasme-se, é crioulo de Santiago.

Claro que numa conversa eu consigo perceber (pelo contexto) aquilo que me diz qualquer cidadão destas ilhas mas, repito, não percebo todas as palavras. Estou aqui a lembrar-me a primeira vez que vi uma peça dos Juventude em Marcha (grupo teatral de Santo Antão) na TV. Não entendi quase nada.



The Gang of Eight. No outro dia falava dos livros que trouxe lá da doação dos americanos e esqueci-me deste. É um livro que reúne o melhor de oito dos maiores cartoonistas politicos de sempre, dos EUA: Tony Auth (do Philadelphia Inquirer), Paul Conrad (do Los Angeles Times), Jules Feiffer (do Village Voice), Jeff MacNelly (do Chicago Tribune), Doug Marlette (do Charlotte Observer), Mike Peters (do Dayton Daily News), Paul Szep (do Boston Globe) e Don Wright (do Miami News) escolheram cada um vinte dos seus melhores cartoons para este livro organizado por Tom Brokaw (figurão da NBC News).

O livro é obviamente muito divertido, fazendo uma sátira brilhante à política interna e externa dos EUA, bem como a questões sociais (como o racismo, desemprego, aborto, ect). Porém, o que achei incrível é que ele foi publicado em 1985 mas muitos dos cartoons continuam tão actuais e outros quando confrontados com o presente assumem um novo significado, tornando-os por vezes ainda mais engraçados.

Num dos cartoons de Paul Szep vê-se uns iranianos vestidos à homem das cavernas, a desenharam fórmulas quimicas na parede de uma caverna. A legenda diz qualquer coisa como: Os iranianos afirmam que podem fazer as suas próprias armas quimicas.

Caso para se dizer, vinte anos depois...who's laughing now?

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