quarta-feira, 6 de outubro de 2004

CINEMANIA E A NOSSA MUSICA

*Na semana passada aconteceu aqui na Praia uma inciciativa intitulada Semana do Documentário Político, no auditório de Palácio da Cultura.O certame inaugurou-se logo com um desaire: no primeiro dia pretendeu-se exibir Fahrenheit 9/11, mas o filme de Michael Moore, vencedor da Palma de Ouro em Cannes foi completamente estraçalhado.Exibido a preto e branco e com legendagem em português do brasil, que a certa altura desapareceu,levando os menos aptos a perceber a lingua inglesa a abandonar a sala.Pior: o projeccionista resolveu fazer os seus próprios cortes, daí o filme de quase uma hora e meia ter passado a menos de uma hora.Isto é o "Projecionist" is cut contemplou cenas importantíssimas do aclamado documentário,como aquela em que Bush recebe a noticía dos ataques ao World Trade Center.Lamentável.
Felizmente que, a partir do segundo dia, a coisa se compôs com uma execelente exibição de Bowling for Columbine do mesmo cineasta, que até foi precedido de um comentário de Moore ao Óscar que ganhou pelo documentário em 2003.Nos restantes dias forma exibidos Roger e Eu,também de Michael Moore e ainda documetários de Oliver Stone,entre os quais Persona Non Grata, sobre o conflito israelo-árabe.
Devo dizer que a afluência ao evento foi bastante satisfatória, mostrando que há um público para este tipo de filmes.Esperemos que isto leve os organizadores a prosseguir com mais inciciativas do género.Mas sem os percalços da primeira exibição.




*Sexta feira foi o dia do tão aguardado concerto da, finalmente valorizada, Lura.Aconteceu á beira da piscina do hotel Praia Mar e foi bom de se ver e ouvir.Lura deu espectáculo:dançou,cantou e encantou com a sua voz poderosa e deixou transbordar uma espeontaneidade e autenticidade desarmantes.Deu-se ao seu público realmente Di Corpu Ku Alma.Pena que o público que ela teve aqui na Praia,aquele que pôde pagar o preço do bilhete,é daquele que acha que tem que manter a pose e permanecer sentado durante todo o espetáculo e dar umas quantas palmas no fim de cada música.Lura bem tentou contagiar assintência mas, fora uns poucos que deixaram-se levar pelo o calor dos ritimos, os outros continuaram impávidos e serenos.Tudo para manter o postura de gente fina.
Pelo que ouvi, nas outras ilhas não estiveram com estes salamaleques e a alegria e animação levaram a melhor,com o público a desistir das cadeiras e passar o resto do concerto de pé a cantar,dançar e aplaudir com todo o calor que Lura merece.