sexta-feira, 29 de setembro de 2006

OVNI VII

Olhos postos no Brasil

O Brasil vai a votos naquele que será um dos domingos mais quentes do país tropical. Depois da ausencia de Lula do debate que encerrou a campanha eleitoral - e onde estiveram presentes todos os outros candidatos - qual será o veredito do povo brasileiro?
Vamos esperar para ver.

Gosto Também De...(23)

Dr. House and crew in tha house!

Eu ia continuar a ver a segunda série de 24, que interrompi,mas cada vez mais sentia vontade de ver House. E quando no domingo passado, no cumprimento do meu papel de tia, passei alguns minutos a ver com o meu sobrinho o filme Stuart Little, e vi lá o Dr. House em pessoa (isto é, o actor Hugh Laurie), num papel tão radicalmente diferente daquele que desempenha na série....tomei a decisão. E estou satisfeita. Do que já vi (e já estou lançada, preparando até uma maratona de fds), gostei. Muito.

House é uma série que aborda de forma inovadora o já familiar modelo de drama hospitalar. O personagem-titulo é um peculiar médico, algo anti-social, que não confia em ninguem (e por isso recusa-se a falar com os seus pacientes), sarcástico e controverso mas também dotado de um instinto formidável de diagnosticar doenças e patologias raríssimas. Um personagem e tanto. Tinhas razão em dizer que eu ia gostar dele.

Não pude deixar de pensar que nós aqui temos médicos que nem um ataque de coração conseguem diagnosticar, quanto mais aquelas doenças complicadíssimas de House...

House é uma criação de David Shore (Causa Justa, Law and Order) e conta na produção, para além deste, Bryan Singer (Usual Suspects, X-Men, Superman), que realizou o fabuloso episódio piloto, onde dá um show de movimentos de camera.

Citação: Ninguem morre com dignidade. Pode-se viver com dignidade. Mas morrer com dignidade? Não existe tal coisa.

- Dr. House -


quinta-feira, 28 de setembro de 2006

A "REVOLTA" DOS MÚSICOS


Parece que os músicos (falo dos instrumentistas) de Cabo Verde resolveram dar um basta naquilo que consideram ser a sua marginalização e assumir o protagonismo que acham que merecem.
Há muito que tenho ouvido certos desabafos que levam a crer que os músicos das ilhas acham-se subvalorizados relativamente aos cantores ou mesmo em relação a outros músicos, cuja glorificação pelos media nacionais e internacionais e pelo povo cabo-verdiano (por vezes imerecida) os deixa com uma certa - não vou dizer inveja para não entristecer ninguem - sensação de que eles são esquecidos.
Terão razão? Sim, até certo ponto, é um facto que muitos dos artistas hoje tão bem sucedidos contaram e contam com o excelente trabalho desempenhado por alguns destes músicos, sem os quais as suas carreiras poderiam ter evoluido de forma diferente. Na hora de elogiar este ou aquele cantor raramente os músicos que os acompanham recebem o destaque que muitas vezes o seu trabalho merece.
Quanto a mim, há dois aspectos a reter:
1. Que os músicos terão que se conformar, porque em todo o lado é assim: sendo eles o suporte de um cantor/cantora estarão sempre num segundo patamar relativamente a este por melhores que sejam. Vejam os U2, o grupo que acompanha Diana Krall,sei lá... o grupo da nossa Cesária...todos têm excelentes músicos instrumentistas mas quem canta, quem fica á frente no palco é que atrai os holofotes. Eles são os leading man ou ladies. Será sempre Cesária e o seu grupo e não Cesária e fulano e beltrano e sicrano...
2. Que se quiserem que o seu trabalho seja mais reconhecido pelas massas e maior projecção nos media terão que seguir as pisadas de Bau (que me parece que foi dos primeiros músicos cabo-verdeanos a lançar-se a solo e não se deu nada mal), e mais recentemente Djinho Barbosa e Kim Alves que resolveram por em destaque os seus excelentes dotes com "Trás di Som" e "Danças das Ilhas".
Outra mágoa dos músicos parece ter a ver com o modo como se fala de música em Cabo Verde e quem fala de música. O Multime(r)dia é um dos que tem posto o dedo nesta ferida e, através deste blog e outros, tenho acompanhado os desabafos de alguns músicos quanto a esta questão. Eles parecem estar algo desapontados (para não dizer furiosos) com a forma como certa comunicação social fala (ou não fala) de música, dos músicos, dos concertos e tudo o que esteja relacionado. Querem que os jornalistas tenham maior domínio histórico e técnico sobre o assunto. Parece-me justo. Mas não concordo quando se parte para a generalização e se põe todos (neste caso jornalistas) no mesmo "saco".
Agora, alguns deles radicalizam e parecem querer estender esta exigência ao comum ouvinte de musica. Sim, já tenho lido e ouvido por aí alguns comentários de músicos manifestando o seu descontentamento, e até desprezo, por quem não saiba o que raio é um sí menor ou ritimo sincopado, ou sei lá o quê, se atrever a falar de música. Bem, isso seria o mesmo que exigir a quem não seja político a não falar de política, quem não for cineasta a não falar de cinema, quem não for jornalista a não falar de jornalismo e assim por diante...
O que quero dizer é que todos nós temos as nossas sensibilidades e temos o direito de as exprimir. Claro que quem nunca na vida ouviu Wagner não pode estar por aí a dizer que a sua obra é a dramatização perfeita da música. Mas aquele que ouviu, tem todo o direito de exprimir as emoções que lhe despertou sem ser obrigado a identificar as notas, os ritimos, harmonia, etc. A isso chama-se opinião de leigo. E todos temos direito a ela.

terça-feira, 26 de setembro de 2006

Apontamentos

1. António Mascarenhas Monteiro voltou atrás e, perante reservas de certas potências com interesses em Timor-Leste à sua nomeação, declinou o convite para ser o representante da ONU naquele território.
Especula-se que ele referia-se à Austrália que, é certo, tem mantido para com Timor uma atitude quase que de nova potência colonizadora.
A imprensa portuguesa - pelo menos as edições online - quase que não se referiu nem à nomeação, nem à recusa de Mascarenhas Monteiro. Excepção feita a alguns poucos, entre eles o Jornal de Noticias , jornais e televisões importantes nem uma linha escreveram sobre o assunto. Inclusive no Expresso, que tem uma secção especialmente dedicada a África Lusófona, a última notícia refrente a Cabo Verde data de Junho. A Sic online preferiu destacar um artigo sobre o festival de Santa Maria onde, entre outras coisas, a escriba conclui que "A música ali tem outro sabor, como se mais nada chegasse àquelas gentes de Santa Maria. E a verdade, é que deve ser mesmo assim...." .

2. Aproximamo-nos do final de 2006 e as autárquicas de 2008 já mexem. Pela troca de palavras entre Felisberto Vieira e Ulisses Correia e Silva na comunicação social, adivinha-se que os dois pretendem candidatar-se á Camara da Praia.
Ulisses Correia e Silva só aparece quando o "circo está a pegar fogo" e é quase com satisfação que aponta as queimadas.
Agora, a estratégia adoptada por Felisberto Vieira e José Maria Neves, de rebater as críticas pela situação de Praia citando algumas das obras feitas, é fraca. Mesmo porque algumas das obras citadas são do Governo e não da Câmara Municipal. Até parece que estão a dizer que vai dar tudo ao mesmo.
De qualquer maneira, não há porque deitarmo-nos à sombra do que já se fez quando ainda há mais que fazer.

segunda-feira, 25 de setembro de 2006

Cinemania


Elizabethtown (Tudo Acontece em Elizabethtown). De: Cameron Crowe,2005/ Com: Orlando Bloom, Kirseten Dunst, Susan Sarandon, etc.***
Cameron Crowe é um exímio contador de histórias. No que, por vezes, falha é na escolha dos protagonistas a quem entregar as suas histórias. Em Elizabethtown falhou ao escolher Orlando Bloom. Falhou também ao deixar o filme perder gás a meio para só recuperá-lo na recta final. Como sempre, notável banda sonora.

Mare Dentro (Mar Adentro). De: Alejandro Amenábar,2004/Com: Javier Barden, Belém Rueda, Lola Dueñas, etc. ****
Alejandro Amenábar constrói em Mar Adentro um daqueles filmes para um actor levar às costas. Mas a surpresa deste é que se Javier Barden está irreprensível no papel de Ramón está também secundado por um elenco admirável e músicas que são quase que também elas personagens.

Pirates of the Caribbean: Dead Man's Chest (Piratas das Caraíbas: O Cofre do Homem Morto). De: Gore Verbinski, 2006/Com: Johnny Depp, Orlando Bloom, Keira Knightley,etc. ***
Quando se iniciou, há alguns anos, a moda das sequelas (a continuação de um filme) verificou-se que a maioria perdia qualidade face ao seu original. Este segundo Piratas das Caraíbas já não trás o factor surpresa do primeiro e isso poderia ser prejudicial - em certos aspectos é mesmo - mas no essencial mantem-se intacto o charme do filme. É, declaradamente, um filme para entreter e felizmente que o faz com alguma classe porque muitos são os filmes que se aproveitam dessa caracteristica para resvalarem para a mediocridade.

The da Vinci Code (O Código da Vinci). De: Ron Howard/ Com:Tom Hanks, Audrey Tautou, Paul Bertany, Ian Makellem, etc. **
Fui injusta, quando da outra vez analisei o filme sem sequer te-lo visto como deve ser. Desta vez, vi-o do inicio ao fim sem interrupções e consegui abster-me quase totalmente do livro que originou este filme. O filme continua a não ser grande coisa (há lá muitas coisas mal explicadas, o desempenho do elenco é pobre, a fotografia e a montagem idem,etc) mas tem lá uma ou duas boas ideias (os efeitos especiais para sublinhar certas passagens, algumas das soluções para encurtar a narrativa) e tem Paul Bettany, um Silas que merecia estar num outro filme.

Kombersu na Kasa Bela

A FORMA.
No mais novo espaço nocturno da nossa capital - Kasa Bela - lançou-se uma ideia que se espera que venha a vingar e perdurar. As quintas-feiras são dias de tertúlia ou, como preferimos denominá-lo no nosso criolo, de kombersu. Alguem propõe de antemão um tema, passa-se a palavra e quinta-feira aparecem na Kasa Bela os interessados em debater o tema. Já se tem debatido sobre a relação Noite/Criatividade,Sexualidade Feminina e, na última quinta, falou-se sobre a Bloguesfera Cabo-verdeana.
César Schofield e Baluca Brazão são os mentores dessa ideia a que, felizmente, muitos têm aderido. Parece-me que se está a criar ali um espaço onde todos se podem expressar livremente e trocar ideias, independentemente de serem ou não da mesma cor politica, simpatizarem ou não uns com os outros ou até mesmo de concordarem ou não sobre determinadas questões. O importante é o diálogo que, se não chega para causar "revoluções" na nossa sociedade, pelo menos já deixa em cada um que lá vai muito sobre o que reflectir e mesmo ideias e conceitos que pode passar adiante.
O CONTEÚDO.
Dizia eu que, na última quinta, o tema proposto tinha sido "Blogs Cabo-Verdeanos: até que ponto são influenciados pelo meio?". Como autora da proposta, a minha ideia era percebermos como é que o facto de estarmos em Cabo Verde se reflectia nos nossos blogs. Indo, claro, para além do mais òbvio: os temas dos nossos posts. Refiro-me por exemplo, à escolha da lingua (há blogs escritos em criolo e outros que frequentemente fazem uso dele) ou à outo-censura (a velha queixa de que estamos num meio pequeno por isso não podermos expor-nos e às nossas ideias).
Bem, no Kombersu de quinta passada, mais uma vez fugiu-se alegre e sistematicamente ao tema e falou-se de tudo e mais alguma coisa (abro um parentesis para referir que, apesar de se querer manter o debate informal, talvez seja mesmo necessária a presença de um moderador porque, não obstante todos os temas serem interessantes de serem debatidos, não faz sentido propor um tema, se quando se chega lá começa-se a debater outros que fogem muito ao tema central. Parece-me que há já uma agenda aberta para todos os que quiserem proporem os seus temas).
Mesmo assim foi um kombersu que valeu a pena (cada vez mais admiro as pessoas que conseguem falar fluentemente, falar com conteúdo, ordenando e expressando o seu raciocinio e sem timidez. Tenho que aprender isso, escrever só não basta...). Por exemplo, foi interessante a reacção quando propus uma análise ao anonimato na bloguesfera. Foi quase unânime a rejeição do tema que, confesso, foi uma provocação. Não pude deixar de pensar que alguns dos que tão prontamente vetaram o assunto tinham o "rabo preso", isto é, incorreram ou incorrem no doce pecado dos comentários anónimos. Enfim...
Uma das conclusões a que parece-me que chegamos é de que o crescimento da bloguesfera cabo-verdeana é um fenómeno imparável. Os blogs estão aí e estão para continuar. No entanto é mister estarmos conscientes das nossas responsabilidades e usarmos com seriedade e honestidade a liberdade que esta ferramenta nos concede.

quarta-feira, 20 de setembro de 2006

Praia Maria

Todos que lêm este blog há algum tempo sabem que ele é um autêntico muro das lamentações onde, entre outras coisas, desabafo sobre os desgostos que esta nossa cidade da Praia vai me dando.Sim, todos nós, por mais que amamos Praia - e talvez por isso mesmo - volta e meia desabafamos o nosso desgosto pelas coisas que (não) se passam nesta cidade, atribuindo culpas a uns e outros. Por estes dias então... parece que Praia tem vivido as suas horas mais negras (cortes de energia, inundação das vias públicas, paludismo...) e tem chovido comentários negativos a cerca da nossa capital.
Confesso-vos que estou triste. Não que não reconheça verdade nas queixas, mas dói ver a nossa cidade nesta situação e dói ver todos a calcar as feridas. É aquela coisa: tu até falas mal, mas ver outros a falar mal, mexe contigo. Pior ainda se for gente de fora. Por mais razão que tenham, não queres ouvir gente de fora falar mal da tua Cidade. É como se criticasses o teu namorado. Tu podes mandar umas bocas, porque é teu. Agora, vir gente de fora apontar-te os seus defeitos...
Para mimar um pouco a nossa cidade capital - que tem os seus dark sides mas que é também uma bela cidade - deixo aqui a minha homenagem. Em tempo de escolher as novas sete maravilhas do mundo, eu aqui deixo, em jeito de homenagem à nossa Praia Maria, aquelas que eu considero serem as suas sete maravilhas:
AS SETE MARAVILHAS DE PRAIA

Farol e Seminário
Vista da Avenida Marginal
Mercado da Praia (interior)
Edifício da Assembleia Nacional
Palácio da Cultura (maravilha subaproveitada)
Praia da Gambôa (não para banhos)
Djeu ( em vias de "extinção")
E ainda há outras maravilhas escondidas por aí...

terça-feira, 19 de setembro de 2006

Gosto Também De...(22)

Mendes Brothers. Eles agora só produzem outros artistas? Já não cantam?
Pena...

Das Séries

No outro dia confessava a minha paixão por Lost. Foi amor à primeira vista e mal possso esperar para que se inicie a terceira temporada (em Outubro, nos EUA).
É um facto que prefiro Cinema a TV, um bom filme a uma série, mas sempre apreciei uma boa série. E tenho cá para mim que a nossa televisão já prestou melhor serviço neste capítulo. Antigamente tinhamos direito a boas séries, mais do que uma por semana até. É verdade que muitas vezes ficávamos sem saber o final das séries, porque a TVEC ou TNCV (hoje TCV) interrompia as transmissões das mesmas, ou por já não ter mais cassetes ou por preferir dar outra coisa qualquer.
Pessoal aí da casa dos vinte e tais para cima, lembram-se de Twin Peaks? Eu era fascinada por essa famosa série de David Linch. Tinha o quê? Uns dez/onze anos e tinha também um medo daquela atmosfera toda, do Terceiro Homem... mas quem disse que eu deixava de ver? Todas as sextas (passava às sextas, não era?) lá estava eu, tentando perceber os mistérios daquela trama.
E quem é que não gostava de MacGyver? As aventuras do rapaz dos gadjects faziam a familia toda reunir-se frente à TV. Eu, os meus irmão e primos vibravamos a valer com as correrias, explosões e fugas impossíveis do irreverente agente secreto.
Lembram-se de Pássaros Feridos? Uma em que um padre apaixonava-se por uma rapariga que ainda por cima era muito mais nova e até tinha com ela um filho? A certa altura cortaram a série e toda gente disse que tinha sido dedinho da igreja católica (mais tarde repetiram e deram até ao fim). O mesmo aconteceu com a série As Trevas Cobriram a Terra, que era sobre a inquisição e só vimos dois episódios. Sumiu do ar sem qualquer explicação.
Havia também A Praia da China sobre enfermeiros americanos no Vietname; As Teias da Lei sobre as agruras e felicidades da vida numa firma de advogados;O Justiceiro que tinha aquele carro incrivel que ainda por cima falava; as mais antigas e novelescas Dallas e Dinastia (em vias de virarem filmes, dizem) com aquelas familias ricaças e dois dos maiores vilões da história da Tv americana: JR em Dallas (Larry Hagman) e Alexis (Joan Collins) em Dinastia. Por outro lado, detestava Alf (sobre um extraterrestre peludo que abusava da paciência de uma familia que o acolhia). Depois, já nos anos noventa, fez sucesso Marés Vivas (Baywatch) , mesmo que por cá os rapazes não tenham tido a chance de ver os episódios com a Pamela Anderson.
Mas de todas as séries do passado, as minhas preferidas sem sombras de dúvida eram Missão: Impossível e O Polvo. Eu tinha verdadeira paixão por Missão Impossivel e, todos os domingos, aguardava ansiosa a hora de ver o novo episódio (que muitas vezes não era novo, pois volta e meia repetia-se os episódios passados, mas eu não me importava). Grant, o único negro do grupo dos espiões, era o meu favorito. Admirava tanto as suas habilidades, que depois nas minhas brincadeiras tentava imitar os seus dotes de "engenhocas". Para mim a série era perfeita, com excelente combinação de acção, drama, humor (só não tinha muito romance), um elenco carismático, histórias bem conseguidas e aquela música de abertura...até hoje não sinto um grama de afeição pelos filmes de Tom Cruise (que não têm nada a ver) da que tinha por esta série.
O Polvo, excelente série italiana sobre a Cosa Nostra, até hoje me deixa saudades. Eu chorei quando mataram o comissário Catani e também sofri de verdade quando David (o seu substituto, por quem eu tinha uma paixão platónica) morreu devido a uma bala que tinha alojada na cabeça. Percebem que a minha queda por coisas italianas vem de longe?
Os anos passaram e outros canais de TV e o DVD trouxeram outras séries. Guardo especial carinho por Aly Mcbeal, Ficheiros Secretos, O Sexo e a Cidade, Friends, Seinfield, Serviço de Urgencias, as delirantes A Empresa e Scrubs: médicos e estagiários e as britcoms. Mais recentemente, cativaram-me Sopranos, Sete Palmos de Terra, Irmãos de Armas, Roswell, Alias: A Vingadora, CSI: Las Vegas, 24, Donas de Casa Desesperadas e claro, Lost.
O futuro? Já ouvi que Prison Breack é mais ou menos, que Gray Anatomy é muito bom mas o que eu quero mesmo ver é House. Pela descrição do personagem-titulo tenho um feeling de que vou gostar muito.

segunda-feira, 18 de setembro de 2006

Ainda os mails dos amigos

Vi-te na Revista. Sempre de cara feia para a foto. Ainda não gostas de ser fotografada?
Outra coisa: prepara-te. Agora tens uma certa notariedade. Já sabes que isso quer dizer que vai começar a aparecer gente com fastio de ti, a chamar-te nomes e a dizer quem é essa agora? Pior: algumas destas pessoas poderão ser pessoas que antes gostavam de ti.

Isto é o excerto de um mail que recebi de um amigo meu. Ainda não lhe respondi porque ainda estou a pensar em que resposta isto merece.
Exagero. É tudo um exagero. Notariedade?! Bah! E também não posso crer que haja gente que deteste outra por tão pouco. Principalmente se antes gostavam.
De qualquer maneira eu concordei com aquela famosa afirmação de Abrão Vicente, não concordei? Isto quando a polémica já rolava solta. Daí pode-se concluir que eu não tenho medo que me detestem. Se tivesse, este seria um blog bem-comportado e politicamente correcto.

Expiação II

Este post já vai muito atrasado. Depois do post Dardos Venenosos, recebi mensagens de alguns amigos que não ficaram contentes com o comentário sobre o uso do Hi5 e Orkut.
Bem, começo por dizer o que eu escrevi estava entre aspas. Era uma citação que encontrei num blog que costumo visitar. Anyway, percebo que possa ter ofendido estes meus amigos, e todos que usam Hi5 e coisas do tipo, por dizer que é mais ou menos assim que penso destas ferramentas.
Continuo a achar que na maior parte das vezes não passa de um tremendo exercício de narcisismo e engate fácil (e fútil). Na maior parte das vezes. Não sempre.
Para concluir a minha "defesa", repito: havia lua cheia e eu estava mázinha.

quinta-feira, 14 de setembro de 2006

Barragem de Poilon




Barragem do Poilon, no interior de Santiago, concelho de Santa Cruz.

* As fotos são do Gafanhotu.

Sentidos

Finalmente a ler Dom Casmurro. Tinha perdido um pouco o entusiasmo ao perceber que a trama giraria em torno da dúvida "Capitu traiu ou não traiu?" (isto está bem anunciado logo no início do livro por isso naõ é um spoiler meu). Mas claro que não é tão básico assim. Aliás, não é nada básico.
Até agora gostei mais do capitulo Ópera, em que o tenor "reformado" explica tão deliciosamente que a vida é uma ópera composta a quatro mãos por Deus e Satanás.
E o estilo de Machado de Assis...eu realmente gosto de coisas antigas. Até o estilo de escrita.

Por falar em coisas antigas. Decididamente, estou a redescobrir e a cair de amores pelas músicas dos Bulimundo e Finaçon.
Oh, porque que já não há Funanás tão bons assim, com aqueles ya-yans e tudo?

Imaginarium


Faz de conta que eu moro nesta casa. Faz de conta que esta janela e esta vista são minhas. É uma casa simples, simplesmente à beira-mar. É uma casa branca, de portas e janelas azuis.
Faz de conta que todos os dias acordo cedo e vou até esta janela ver como nasceu o dia. Faz de conta que abro a janela e respiro fundo o cheiro do mar que o vento me trás. Faz de conta que sorrio ao sol. Faz de conta que bebo à janela o meu café numa caneca com desenhos coloridos. Faz de conta que há até um friozinho bom que me faz abraçar-me a mim mesma.
Há uma mesa perto desta janela. E eu nela me sento a escrever. Faz de conta que ainda não inventaram computadores e que eu, qual personagem de romance ou de cinema, uso uma máquina de escrever e que esta tem um defeito qualquer numa das letras. Faz de conta que há um gira-discos que toca Billie Holiday e Frank Sinatra, Cesária e Ildo Lobo, Tom Jobim e Nana Caymmi.
Faz de conta que há uma cozinha antiga com utensílios modernos. Faz de conta que há um livro de receitas aberto na mesa quadrada. Cozinho no forno uma garoupa e tenho um vinho branco, seco e encorpado, para acompanhar.
Faz de conta que há um homem que chega e que trás flores frescas. Há um beijo junto a esta janela. Há uma cama de ferro onde fazemos amor. Há palavras sussurradas e amor é uma delas.
Faz de conta que saímos para a tarde que se despede. Faz de conta que caminhamos de mãos dadas em silêncio. Há um caminho de pedra até ao farol. Há gaivotas e albatrozes que gritam uns aos outros recados que não percebemos. Há o mar que namora as rochas. Há o farol que tudo vê e só fala aos barcos que passam.
Faz de conta que há um momento perfeito que se cristaliza no tempo e nunca mais tem fim.

Faz de conta que tudo isso não é um faz de conta.

segunda-feira, 11 de setembro de 2006

11/9

Quinto aniversário do 11/9. E há coisas que continuam enterradas para lá do ground zero. A verdade, por exemplo. Quando saberemos a verdade completa?
Aqui e aqui (segundo post) a arrepiante teoria de que o 11 de Setembro foi um ataque auto-infligido. Uma coisa destas deveria nos arrancar emediatamente uma exclamação de "absurdo!". Mas eu, já tenho idade e juizo para saber que pouco daquilo que parece de facto é. E relativamente a politicos, dominio mundial e os seus bastidores eu realmente penso que há gente capaz de coisas que não lembraria ao diabo.

Expiação

Passei fim de semana aterrorizada, pensando que mulheres burocrátas ou familiares podem ter lido o último post e agora os meus documentos vão parar ao fundo dos seus tabuleiros de expediente e nunca mais de lá sairão. Posso ter ferido os seus sentimentos.
Okay, os de Fatinha Almeida também!

sexta-feira, 8 de setembro de 2006

Dardos Venenosos

Nervos.Que se passa com as funcionárias dos serviços de atendimento público/burocrático, tipo delegacias de saúde, notários, registo criminal e afins?Não gostam da sua profissão, são pessoas infelizes/ frustradas ou estão todas de tpm no mesmo dia?! E o que me dá mais raiva é o prazer sádico que parecem ter de fazer "sofrer" os utentes, porque sentem-se como poderosas deusas (?) que têm faca e queijo na mão. E a pior de todas elas é aquela senhora do hospital, aquela que fica á porta do bloco de análises. Pronto, já disse. Não há ninguem que tenha mão nessas criaturas?

Esperança. A TCV parece estar apostada em melhorar os seus espaços de cinema e já prometeu mexidas. Hum, contente com este esforço e ferverosamente esperançosa de que Fatinha Almeida já não seja a voz off que anuncia os filmes.

Alma gêmea. Encontrei alguem que me entende e que pensa mais ou menos o mesmo que eu dos Hi5, Orkuts e outras tretas do tipo: "vejo este tipo de relacionamento virtual como uma punheta social para almas solitárias ou naturezas fúteis. Ou ambos. .Além do mais, ninguém tem cem amigos...". E não me venham falar das pessoas perdidas que se reencontram que no fundo ninguem está lá para isso ! E também não vou pôr o link do lugar onde tirei isso porque não me apetece.

É isso, quando tem lua cheia i'm a mean girl.

quinta-feira, 7 de setembro de 2006

Five Facts About Me*



1. Quando choro, faço-o escondida. Foram raras as vezes em que chorei frente a alguem (quando era pequenina ia para debaixo da cama :) ).

2. Eu demoro muito a aderir às tecnologias e outras novidades (foi um ror de tempo para trocar as k7 pelos cd's e estes pelo mp3, para passar a escrever directamente no computador em vez de perder tempo com manuscritos, enfim...)

3. Confesso: eu às vezes passo praí uma semana sem saber nada do que se passa no mundo. Depois fico com remorsos e passo os dias seguintes a devorar sites de notícias.

4. Não parece, muita gente que me conhece não acredita, mas eu ainda sou tímida.

5. Adoro desenhos animados (Samurai Jack, South Park, Tom & Jerry, etc.) e filmes infantis (Rei Leão, A Bela e o Monstro, Shreck, etc).

* Dedicado a um amigo virtual que sugeriu que eu falesse mais (!) de mim.

quarta-feira, 6 de setembro de 2006

Quatro em Um (ou Tudo ao Molho)

Round Up The Usual Suspects (8)
"Ela parte e salva-se. Ele fica em Casablanca. Nós, porém, jamais saberemos se eles voltam a encontrar-se. Se calhar nem interessa para nada. Bem vistas as coisas, seria até muito conveniente que a vida terminasse como "Casablanca", com uma frase bonita."
No Tatarana, fala-se de Casablanca, um dos meus favoritos de sempre (nota-se pelo título dessa rubrica, não?) . E não, não é (só) por causa do romantismo do filme. Aliás, o final deixa claro que o romantismo não é o mais importante em Casablanca. Sou capaz até de dizer que se o final fosse diferente eu não gostaria tanto do filme.

Dancefloor
Aqui há uns tempos, dei-me conta com bastante agrado que a música dos Livity tinham voltado à moda. Para os outros, porque quanto a mim o CD Rapazis Nobu nunca ganhou pó no meu estojo de CDs. Continuo a achar que é do melhor que se fez na década de noventa, dentro do género.
Mas o que eu queria dizer mesmo é que seria óptimo se os Bulimundo também voltassem á moda. Estes dias, a mania de dançar tem sido satisfeita ao som do funaná cran deste grupo mítico. Na Compasu Pilon, Ê Duedu e o clássico Mundu Ka bu Kaba soam no mp3 e não dá para não dançar.
Ah mundu ka bu kaba, pamodi n'sta mutu nobu...

Cinemania
Vou hoje abrir uma excepção e usar o Cinemania para falar de tv. Mais exactamente de uma série de tv: Lost. Pois é, sou mais uma que está "Lost adicted".
Para quem não sabe, Lost é uma série americana sobre um avião que cai numa ilha. Vários passageiros sobrevivem e começam a descobrir que, além de ninguém aparecer para resgatá-los, o lugar onde estão é cheio de mistérios. E eles não estão sozinhos: descobrem que a ilha é habitada pelos Outros, um grupo de pessoas misteriosas e hostis. Em flashbacks, ficamos a par do passado dos sobreviventes, todos com alguma questão mal resolvida e estranhamente relacionados entre si.
Anyway, a série não é perfeita, mas consegue prender a atenção e o ritimo a que a acção se desenrola, as tramas que vão surgindo acabam por fazer o espectador viciar-se naquela adrenalina toda. Não é uma Twin Peaks ou Sopranos, mas consegue ter momentos muito bons e alguns dos actores já mostraram que têm talento.
Gosto Também De...(21)
Endescopia, a coluna de Jorge Carlos Fonseca no jornal Horizonte.Nem sempre concordo com o que diz, mas aprecio o seu estilo.
A semana passada, entre outras coisas, falava de uma certa literatura nossa que já não se fica pelos temas de sempre (chuva, seca, emigração, morabeza...). E ainda bem, digo eu. Claro que estes continuam a ser temas a explorar, porquanto continuam a fazer parte da nossa realidade e o importante é a abardagem que cada autor dá a estes temas. Contudo, apostar em temas mais universais não diminui em nada a nossa literatura.

segunda-feira, 4 de setembro de 2006

Tchuba

Ontem acordamos com chuva, aqui na Praia. E não é triste que agora quando chove já não sentimos alegria, aquela sensação de conforto. Agora olhamos para a chuva com apreensão. Imaginando os estragos que deve estar a causar pela cidade a fora, o caos das ruas alagadas e enlameadas, as águas paradas do dia seguinte, convidando mosquitos e sabe-se lá quais outros portadores de doenças.
Chuva na cidade da Praia é desgraça. Parece que a única coisa positiva que trás é a redução do calor (sábado o inferno deve ter-se mudado para Praia, tal era o calor).
Já não tenho ânimo de reclamar dos governantes, mandar bocas contra a inércia da Câmara Municipal, mais preocupada com internet sem fios no Plateau, quando as ruas do Plateau continuam esburacadas. Prioridades...
Mas eu cansei. Agora, só tristeza. Tristeza de ver que os anos passam, faz-se, faz-se ou pelo menos diz-se que se faz...mas porquê que parece que ainda há tanto a fazer? Quando é que melhora?
A estrada foi feita, parecia bem feita, a avenida era a menina dos olhos e veio a chuva...lama, lama por tudo quanto é lado. Nem a entrada do Palácio do Governo escapou.
Melhor que a chuva visite outras paragens, onde ela é também necessária e não cause tantos estragos. Dizem-me que na Boa Vista ainda não choveu uma gota...

Entre Outras Coisas...

Também sou uma tia babada. E tenho a sorte de ter uns sobrinhos excepcionais.
O mais novo, de quatro anos, sai-se com cada uma. Há dias, às sete da manhã, estava a dançar ao som de Michael Jackson (era aniversário do mutante, assinalado pela RCV) e quando acabou o show, cruzou os braços ao peito e com um biquinho de amuo queixou-se:
- Ninguem palmou... (palavra que ele inventou pois ainda não sabe dizer aplaudiu).

Ontem, saimos os dois para ir ao video clube e eu guardei o dinheiro no bolso do seu macacão. Disse-lhe: se nos derem um kasu body não hão de te revistar a ti...
Bem, fomos ao video clube e quando saímos,ele, sempre ansioso por um passeio disse:
- Agora vamos ao kasu body? Quero ir no kasu body...
Obs: ele só fala português.

sexta-feira, 1 de setembro de 2006

Sexta-Feira é um bom dia para...

Rir (com Calvin & Hobbes, de Bill Watterson)

Ver um bom filme (está a me apetecer este Antes do Anoitecer - Richard Linklater, 2004 - mas queria rever primeiro Antes do Amanhecer - Richard Linklater, 1995)

Beber um Martini (no Black Cat ou em qualquer sítio onde se esteja bem)


Namorar.

E não necessariamente por esta ordem :)

Bom fim de semana.