A Margarida escreveu n' Os Momentos sobre a vitoria de Salazar n'os Grandes Portugueses. Nao com o meu tom light e de parodia - ora essa! -, antes com preocupaçao e atribuindo (i) responsabilidades.
Eu que também deparei com o tal programa acidentalmente (pensava que o concurso tinha terminado no final de 2006) nao o levei tao a sério. Aquilo era obviamente um bigbrother, com direito a confessionario e tudo. So que, nao estando vivos, os concorrentes eram representados por outros. E como em qualquer bigbrother que se preze, ganhou o Zé Maria. Leia-se, aquele que à partida ninguem gosta e no qual todos malham. Dai que o povinho português que costuma votar nestes espectaculos circenses, sem a devida noçao do que foi o fascismo e o que de facto representou Salazar, escolheu o seu heroi.
That's my point.
Agora quanto a questao da escravatura (curiosamente, foi exactamente o que eu comentei com a minha mae: que se tinha pedido desculpas ao mundo pela inquisiçao e o holocausto mas nunca pela escravatura) seria ainda mais arrepiante para mim ver os presentes ( entre os quais Paulo Portas) a debater a escravatura num programa como aquele.
Penso que se tudo isso serviu para alguma coisa, de facto, tera sido para questionar o papel das televisoes. E ja que Margarida chamou a TCV ao barulho, mencionou igrejas que usam a TV como veiculo e o debate parlamentar, aproveito para comentar o que ha dias me ocorreu ao ouvir o debate sobre a Comunicaçao Social na RCV: Cabo Verde é provavelmente o ultimo dos paises onde a televisao do Estado emite semanalmente a missa catolica. Nao sou expert no assunto mas julgo estar regulada na Constituiçao a separaçao entre igreja e Estado.
E eu sou catolica (ou pelo menos era até ha uns seis anos atras). E dito isto provavelmente serei excomungada.
Eu que também deparei com o tal programa acidentalmente (pensava que o concurso tinha terminado no final de 2006) nao o levei tao a sério. Aquilo era obviamente um bigbrother, com direito a confessionario e tudo. So que, nao estando vivos, os concorrentes eram representados por outros. E como em qualquer bigbrother que se preze, ganhou o Zé Maria. Leia-se, aquele que à partida ninguem gosta e no qual todos malham. Dai que o povinho português que costuma votar nestes espectaculos circenses, sem a devida noçao do que foi o fascismo e o que de facto representou Salazar, escolheu o seu heroi.
That's my point.
Agora quanto a questao da escravatura (curiosamente, foi exactamente o que eu comentei com a minha mae: que se tinha pedido desculpas ao mundo pela inquisiçao e o holocausto mas nunca pela escravatura) seria ainda mais arrepiante para mim ver os presentes ( entre os quais Paulo Portas) a debater a escravatura num programa como aquele.
Penso que se tudo isso serviu para alguma coisa, de facto, tera sido para questionar o papel das televisoes. E ja que Margarida chamou a TCV ao barulho, mencionou igrejas que usam a TV como veiculo e o debate parlamentar, aproveito para comentar o que ha dias me ocorreu ao ouvir o debate sobre a Comunicaçao Social na RCV: Cabo Verde é provavelmente o ultimo dos paises onde a televisao do Estado emite semanalmente a missa catolica. Nao sou expert no assunto mas julgo estar regulada na Constituiçao a separaçao entre igreja e Estado.
E eu sou catolica (ou pelo menos era até ha uns seis anos atras). E dito isto provavelmente serei excomungada.