O meu irriquieto sobrinho Ricardo, de cinco anos, há dois meses atrás não suportava qualquer gracinha que tentassemos fazer sobre as suas relações com meninas, dizendo-lhe que ele gostava de tal, ou era namorado de fulana. Zangava-se mesmo.
Isso era há dois meses. Desde há uns tempos para cá, Ricardo não tem outra conversa que não namoros, beijos, amor. Sim, amor!
Penso que tudo terá começado quando foi escolhido para principe do carnaval da sua escolinha. Claro que também foi escolhida uma princesa. Daí ao "namoro" entre as duas realezas foi um passo.
Pelo São Valentim, lá tive que fazer um cartão romântico que ele queria oferecer á sua princesa. Nesse dia voltou á casa eufórico. Que a menina tinha agradecido ao cartão com um beijo. Na boca, fez ele questão de sublinhar. E tinha lhe oferecido também um cartão.
Desde então, não se passava um dia sem novidades sobre o "namoro". Mas, passado o carnaval, e tendo o principe perdido a sua coroa, a princesa resolveu por fim ao romance.
A coisa parece estar a mexer com o miúdo. Ontem, enquanto se entretinha ao computador, deixou escapar, quase num suspiro: o amor acabou.