segunda-feira, 16 de julho de 2007

Antes

Antes do fim de semana, na quinta-feira, fui uma das pessoas que compareceu para manifestar-se contra a actual situação do Palácio da Cultura. Não apenas contra a instalação do guichet da Electra mas contra a inactividade, o abandono a que está votado o Palácio.
Não houve manifestação porque, segundo se disse, o ministro da Cultura ia receber um grupo de cidadãos para se inteirar das suas reinvidicações e posteriormente tomar uma posição.
Da minha parte, espero que se deixe claro que o problema não é apenas a instalação do posto de cobrança da Electra e sim todo o trabalho que os responsáveis pelo espaço não fizeram. Ao que parece, a política vigente era esperar que os cidadãos interessados se ocupassem do espaço. Na minha opinião, independentemente disso, a admisnistração devia ter um programa cultural assegurado, para o caso de cidadãos não se interessarem ou não terem condições de usar o espaço (por exemplo, não puderem suportar os custos do aluguer das salas). Deixar todo o trabalho para os outros ( e ainda por cima não facilitar-lhes o uso) quando se deram ao trabalho de criar o espaço e são pagos para o admnistrar não me parece certo.
O Palácio deverá sim estar aberto à participação da sociedade civil, dos artistas, mas os dirigentes não deverão fugir às suas responsabilidades. Têm a obrigação de elaborar um programa, um calendário cultural para o mesmo, e executá-lo.
Claro que para tal terá que haver dinheiro, dinheiro esse que prontamente dirão que não há. Como sempre acontece quando o assunto é investir na cultura.

Sem comentários: